Em um cenário político conturbado, Jair Bolsonaro convocou um grande protesto na emblemática Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (25/2). Milhares de apoiadores do ex-presidente se reuniram em resposta às investigações em curso e às polêmicas recentes que têm marcado sua trajetória.
Desde as primeiras horas da manhã, a Paulista se viu tomada por pessoas portando bandeiras do Brasil e vestindo camisetas da seleção, em uma manifestação que ganhou destaque nacional.
O ato, convocado por Bolsonaro em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal sobre um suposto plano de golpe de Estado, reuniu uma multidão em apoio ao ex-presidente.
No discurso que durou pouco mais de 20 minutos, Bolsonaro negou veementemente qualquer tentativa de golpe, enfatizando que suas ações estão dentro dos limites constitucionais.
“Continuam me acusando de um golpe, porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a constituição? Tenha santa paciência”, declarou Bolsonaro.
Além de reiterar sua posição, Bolsonaro pediu ao Congresso Nacional um projeto de lei que conceda anistia aos seus apoiadores que foram presos em manifestações anteriores. “Anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”, ressaltou.
A presença de políticos e líderes religiosos foi marcante no evento. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, estiveram presentes, assim como o influente líder evangélico Silas Malafaia, que discursou antes de Bolsonaro.
Bolsonaro, bandeiras do Brasil e Israel
Um dos aspectos que chamou a atenção foi a presença significativa de pessoas portando bandeiras de Israel, em meio à recente polêmica envolvendo declarações do ex-presidente Lula sobre o conflito na região. A controvérsia gerou reações em diversos setores políticos, inclusive no protesto bolsonarista.
Apesar das turbulências políticas e das investigações em curso, a manifestação foi marcada por um clima pacífico e organizado, como solicitado por Bolsonaro em suas convocações.
O número expressivo de participantes e a presença de figuras relevantes da política nacional evidenciaram a tentativa do ex-presidente de demonstrar força política, mesmo diante de um cenário desafiador.
Enquanto Bolsonaro busca consolidar seu apoio e enfrentar as investigações em curso, o país observa atentamente os desdobramentos desse protesto e o impacto que terá nas dinâmicas políticas futuras.
