O governo do Rio Grande do Sul inaugurou nesta quinta-feira (4) em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, a primeira cidade provisória para abrigar os desabrigados pelas enchentes que devastaram o estado entre abril e maio. O Centro Humanitário de Acolhimento Recomeço foi criado com 126 casas modulares fornecidas pela Acnur (Agência da ONU para Refugiados) e montadas por militares, e está pronto para receber 630 pessoas.
O novo centro, com 30 mil m², oferece infraestrutura completa, incluindo banheiros, refeitório, lavanderia coletiva, berçário, fraldário, posto médico, policiamento e áreas específicas para crianças e animais de estimação. A gestão do espaço ficará a cargo da OIM (Agência da ONU para as Migrações).
Infraestrutura e operação no Rio Grande do Sul
O Centro Recomeço começou a receber os primeiros moradores ainda nesta quinta-feira (4). Outros dois centros humanitários semelhantes estão planejados para inauguração no estado até o final de julho, com um deles em Porto Alegre e outro em Canoas. Essa iniciativa visa oferecer um abrigo temporário às vítimas das enchentes, permitindo a retomada das atividades normais nos locais atualmente utilizados como abrigos, como escolas e ginásios.
As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio resultaram em 180 mortes e deixaram centenas de milhares de pessoas desabrigadas. A criação das cidades provisórias é uma resposta do governo à necessidade urgente de reassentar essas famílias de maneira digna e segura. No entanto, o projeto enfrentou críticas e ceticismo quando foi inicialmente anunciado.
Reações e críticas
Apesar da urgência e da necessidade evidente das cidades provisórias, algumas críticas foram direcionadas ao projeto. Especialistas e ativistas levantaram preocupações sobre a viabilidade a longo prazo dessas estruturas temporárias e a adequação dos serviços oferecidos. Além disso, há dúvidas sobre o tempo que as famílias passarão nessas moradias antes de serem realocadas para residências permanentes.
A inauguração do Centro Recomeço representa um passo significativo no esforço de reconstrução e apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A iniciativa, embora provisória, visa proporcionar um ambiente seguro e estruturado para que as famílias possam recomeçar suas vidas após a tragédia.