O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) confirmou que o julgamento dos réus Ricardo Seidi e Terezinha de Jesus Guinaia, pai e avó paterna de Eduarda Shigematsu, será realizado em Londrina no dia 7 de março às 9 horas.
A decisão, que ocorre após uma série de adiamentos, traz à tona novamente a comoção em torno do brutal assassinato da menina de 11 anos, encontrada enterrada no fundo do imóvel da família em Rolândia, em abril de 2019.
Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no bairro Manoel Muller, em Rolândia, os policiais federais prenderam em flagrante um homem de 56 anos, até então sem antecedentes criminais. LEIA MAISCaso Eduarda Shigematsu e a mudança do local do julgamento
Desde o início, a defesa de Ricardo Seidi tem contestado o julgamento em Londrina, argumentando que a proximidade da cidade com o local do crime poderia influenciar negativamente no processo legal.
Em junho do ano passado, a defesa solicitou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que o júri fosse realizado fora de Rolândia devido à comoção gerada pelo caso. Apesar disso, o TJPR optou por transferir o julgamento para Londrina.
O desembargador Benjamin Acácio de Moura e Costa, em decisão proferida na última segunda-feira (26), negou o pedido da defesa para alterar o local do júri. A decisão foi fundamentada no Artigo 427 do Código de Processo Penal, que ressalta a importância da economia e celeridade do processo ao manter o julgamento na região.
A medida, apesar de contestada pela defesa, reforça a busca por um desfecho rápido e justo para o caso que já se arrasta há cinco anos.