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No Paraná homens ganham em média 34% mais que mulheres

Mesmo com maior escolaridade, mulheres no Paraná recebem salários menores que homens.

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A desigualdade salarial entre homens e mulheres no Paraná alcançou 34,2% no último trimestre de 2023, uma disparidade maior que a média nacional de 26%, revela um recente estudo do IBGE. Apesar das mulheres terem uma escolaridade geralmente superior, eles continuam a dominar as faixas salariais mais altas e a ocupar a maioria das novas vagas de emprego no estado, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (CAGED).

O levantamento, baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua, aponta que no último trimestre de 2023, os homens paranaenses ganhavam em média R$3.364, enquanto as mulheres recebiam R$2.708. Esta diferença de R$926 mensais ilustra um cenário de persistente desequilíbrio econômico, apesar de avanços graduais nos últimos anos para reduzir essa lacuna.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres no Paraná alcançou 34,2% no último trimestre de 2023, uma disparidade maior que a média nacional de 26%, revela um recente estudo do IBGE. Apesar das mulheres terem uma escolaridade geralmente superior, eles continuam a dominar as faixas salariais mais altas e a ocupar a maioria das novas vagas de emprego no estado, conforme dados divulgados pelo Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados (CAGED).
Foto Reprodução

A análise do IBGE destaca que, em 2022, 35,5% dos homens adultos no Paraná não possuíam instrução ou não tinham concluído o ensino fundamental, comparados a 32,7% das mulheres na mesma situação. Além disso, 21,3% das mulheres possuíam nível superior completo, contra apenas 16,8% dos homens. Esses dados sugerem que a discrepância salarial ocorre apesar de um nível de educação formal mais elevado entre as mulheres.

Setorialmente, a maior diferença salarial foi observada na indústria, onde as mulheres ganham significativamente menos do que os homens. Esta tendência é contrastada apenas na agropecuária, onde os salários entre gêneros são mais equilibrados.

A legislação brasileira, especificamente a CLT, estipula que funções idênticas devem corresponder a salários iguais, independentemente de gênero, nacionalidade ou idade. A alteração de 2017 expandiu essa proteção para incluir também a etnia. No entanto, a realidade mostra uma aplicação inconsistente desses princípios.

O recente enfoque legislativo tem sido em transparência e equidade salarial. Uma lei sancionada em 2023 exige que grandes empresas divulguem detalhadamente os salários de todos os empregados, buscando promover uma maior igualdade. As empresas que não demonstrarem esforços para mitigar as disparidades salariais podem enfrentar sanções legais.

A discussão sobre a desigualdade salarial no Paraná e em todo o Brasil é um lembrete de que ainda há um longo caminho a percorrer. Enquanto as estatísticas mostram uma tendência de melhora, a realidade de muitas mulheres trabalhadoras permanece desafiadora, com barreiras significativas ainda em seu caminho para a igualdade salarial plena.

Mesmo com maior escolaridade, mulheres no Paraná recebem salários menores que homens.
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