Nesta quinta-feira (22), o Ministério da Saúde anunciou o envio do primeiro lote de vacinas contra a dengue para a cidade de Londrina. Um total de 13.204 doses chegaram à região, representando mais de um terço do lote enviado pelo governo federal.
A iniciativa ocorre em um momento crítico para o estado, que enfrenta um aumento significativo nos casos da doença.
A distribuição das doses foi determinada com base em critérios de prioridade, considerando a situação epidemiológica de cada região. O Paraná, particularmente, tem sido afetado pelo avanço da dengue, com um aumento alarmante no número de casos confirmados.
Diante desse contexto, Londrina foi tratada como uma das principais prioridades na distribuição das vacinas.
Além de Londrina, outras áreas do estado também foram contempladas com o envio das vacinas. Um total de 21 municípios da 17ª Regional de Saúde (RS) de Londrina e nove da 9ª Regional de Saúde de Foz do Iguaçu receberão as doses até sexta-feira (23).
Essa ação visa ampliar a cobertura vacinal e conter o avanço da doença em todo o estado.
Segundo o secretário estadual de saúde, Beto Preto, o envio antecipado das doses foi resultado de diálogos entre as autoridades estaduais e o Ministério da Saúde, evidenciando o comprometimento em enfrentar a atual crise de saúde pública.
Londrina com estratégias de imunização
A faixa etária prioritária para a vacinação compreende crianças de 10 a 14 anos, com recomendação do Ministério da Saúde para iniciar a aplicação a partir dos 10 anos. O protocolo de vacinação requer duas doses, com um intervalo de 90 dias entre elas.
As doses para a aplicação da segunda dose serão enviadas posteriormente, assegurando a continuidade do programa de imunização.
A vacina Qdenga, produzida pela farmacêutica Takeda, utiliza uma abordagem com vírus vivos da dengue enfraquecidos de forma controlada. Essa técnica permite o desencadeamento de uma resposta imunológica no organismo, oferecendo uma proteção eficaz contra o vírus.
No entanto, o secretário Beto Preto alerta que a quantidade de vacinas ainda é considerada baixa diante do desafio enfrentado pelo estado, destacando a importância da colaboração de toda a população no combate à epidemia.
Desafios epidemiológicos
Atualmente, o Paraná registra 45.930 casos confirmados de dengue, com 130.107 notificações e 16 mortes relacionadas à doença. Diante desse cenário preocupante, a chegada das vacinas representa um importante passo na luta contra a propagação do vírus, mas ressalta a necessidade de medidas preventivas e a colaboração de todos para conter a epidemia.
O esforço conjunto das autoridades de saúde, profissionais médicos e a conscientização da população são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pela dengue e garantir a segurança e bem-estar de todos os cidadãos paranaenses.
