A Justiça Eleitoral de São Paulo emitiu uma ordem nesta terça-feira (2 de maio) para a remoção imediata de um vídeo no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece fazendo um pedido explícito de votos para Guilherme Boulos, candidato a um cargo político não especificado, durante as celebrações do Dia do Trabalhador em São Paulo. O evento, que ocorreu no 1º de maio, foi organizado por sindicatos e movimentos sociais na capital paulista.
A decisão veio após alegações de que o vídeo constitui uma campanha eleitoral antecipada, o que é proibido pela legislação eleitoral brasileira. O tribunal agiu após receber uma denúncia apontando que o conteúdo do vídeo poderia conferir vantagem indevida ao candidato mencionado, influenciando o processo eleitoral antes do período oficial de campanha.
O vídeo, que foi amplamente divulgado nas redes sociais, mostra Lula discursando em um palanque e declarando apoio a Boulos, instigando os presentes a votarem no líder do MTST. A Justiça determinou que todas as plataformas de compartilhamento de vídeo removessem o conteúdo até o final do dia, sob pena de multa e outras sanções legais.
O impacto da decisão é significativo, especialmente no contexto político atual, onde as redes sociais desempenham um papel crucial na disseminação de mensagens de campanha. A ordem também reitera a importância da neutralidade durante o período pré-eleitoral, conforme estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Lula pede votos antes da hora
A ação da Justiça Eleitoral destaca o desafio contínuo de monitorar e regulamentar o comportamento eleitoral em ambientes digitais e tradicionais. O episódio sublinha a necessidade de uma vigilância constante sobre as atividades dos candidatos e seus apoiadores, garantindo que todas as partes respeitem os limites legais estabelecidos para a propaganda eleitoral.
