Em uma sessão marcada por divisão e polêmica, a Câmara Municipal de Londrina aprovou nesta terça-feira (27) dois projetos: um que cria três novos cargos comissionados e outro que concede um reajuste salarial de 3,82% aos vereadores para 2024.
Novos cargos e salários
Os três novos cargos comissionados serão:
- Diretor de Comunicação: R$ 18.409,53
- Diretor Financeiro: R$ 18.409,53
- Ouvidor: R$ 16.062,00
O projeto foi aprovado por 10 votos a 9, com a oposição de Beto Cambará (PODE), Eduardo Tominaga (PSD), Giovani Mattos (PODE), Jessicão (PP), Lu Oliveira (PL), Mara Boca Aberta (Sem partido), Nantes (PP), Roberto Fú (PDT) e Santão (PODE).
Londrina com reajuste no legislativo para 2024
O projeto que concede o reajuste de 3,82% aos vereadores também foi aprovado, com 11 votos a favor e 8 contra. Votaram contra Beto Cambará (PODE), Giovani Mattos (PODE), Jessicão (PP), Mara Boca Aberta (Sem partido), Matheus Thum (PP), Nantes (PP), Roberto Fú (PDT) e Santão (PODE).
Com o reajuste, o salário dos vereadores passará de R$ 13.636,59 para R$ 14.124,00 a partir de março. O salário do presidente da Câmara subirá de R$ 15.800,00 para R$ 16.400,00.
Proposta para 2025 e polêmica
O presidente da Câmara, Emanoel Gomes (REPUBLICANOS), propôs um aumento para R$ 15.600,00 para os vereadores e R$ 18.200,00 para o presidente a partir de 2025.
A proposta, no entanto, não foi votada nesta terça-feira devido a uma emenda da vereadora Mara Boca Aberta (Sem partido) que propõe a redução de 21,38% no salário dos vereadores, o que os reduziria para R$ 10.448,09.
A emenda será analisada pelas comissões internas da Câmara e votada na próxima quinta-feira (29). Gomes classificou a emenda como “populista”.
A criação de novos cargos e o reajuste salarial dos vereadores geraram críticas de alguns setores da sociedade civil organizada, que argumentam que a medida aumenta a máquina pública e os gastos em um momento de crise econômica.
A oposição na Câmara também criticou as medidas, alegando que a prioridade deveria ser investir em áreas como saúde, educação e segurança pública.
Os vereadores que defenderam a criação dos novos cargos e o reajuste salarial argumentaram que as medidas são necessárias para melhorar a gestão da Câmara e oferecer melhores serviços à população.
