O PA (Pronto Atendimento) da Vila Oliveira, em Rolândia, enfrenta um aumento significativo na demanda devido à epidemia de dengue na cidade. Desde o início do ano, houve um aumento de mais de 60% no número de atendimentos, com um salto de 12.245 pessoas em janeiro para 19.949 em março, totalizando 61.211 atendimentos no período.
Desses, 15.779 foram relacionados a suspeitas ou casos confirmados de dengue, conforme divulgado pela Secretaria de Saúde de Rolândia.
Erika Ludwig, a Secretária Municipal de Saúde, reportou que no auge da epidemia, em março, o Pronto Atendimento chegou a registrar até 250 notificações diárias de dengue. Embora atualmente esse número tenha diminuído para cerca de 150 notificações diárias, a situação permanece preocupante. Ludwig enfatiza que, apesar da recente queda nas notificações, é prematuro afirmar que o pico da epidemia foi superado, alertando que a vigilância deve ser constante.
A atual onda de calor que afeta o norte do Paraná é apontada pela secretária como um dos fatores que contribuem para a persistência dos altos números de casos de dengue, além de causar um aumento nos atendimentos por problemas respiratórios.
“Precisamos estar preparados para as próximas ondas de calor e fomentar hábitos que impedem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, para reduzir futuras incidências da doença”, explica Ludwig.
Rolândia registra, desde o início do ano epidemiológico em julho de 2023, 2.815 casos confirmados de dengue e 6 óbitos, com mais de 12.700 notificações, segundo o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SESA).
Desafios de Rolândia sobre a dengue
O aumento persistente nos casos de dengue em Rolândia destaca a necessidade de estratégias eficazes de controle e prevenção. A luta contra a dengue não só demanda respostas imediatas em termos de atendimento médico, mas também estratégias a longo prazo que envolvam educação comunitária, eliminação efetiva dos criadouros do mosquito e preparação para eventos climáticos que possam aumentar os casos.
